segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Fanfic Sweet Killer - Capitulo 2 - Frightening




Cinco anos depois
Cidade de Londres, Inglaterra
Quarta-Feira - 10 de Janeiro de 2014
03hrs33min 

Sem movimentação, apenas as luzes dos postes do bairro nobre de classe alta iluminavam a rua escura. Uma madrugada fria com ventos gelados. No céu, nenhuma estrela pelo fato de estar nublado. O único som que se ouvia além das vozesde árvores era o de uma moto preta Yamaha,modelo 2013 FZ8 N, distante, mas cada vez mais perto.


Em poucos minutos, a moto parou. Descendo dela, uma mulher. Vinte e três anos, alta, corpo escultural, cabelos negros e lisos. Retirou o capacete, colocando-o sobre a moto. A vibração no bolso indicava uma nova mensagem: “Tudo conforme o combinado.”, dizia. 

A mulher prendeu sua atenção na enorme casa à sua frente, na mente repassava-se todo o plano. A mão esquerda retirando o anel de caveira que continha na direita, aonde se escondia por completa a tatuagem da metade de um coração, guardando-o no bolso.

Logo suas duas mãos estavam escondidas dentro do couro das luvas.  Dera uma última olhada para os dois lados da rua e para as casas mais próximas, tendo certeza de que não havia público para seu show ao vivo. Colocou sua típica máscara usada por bandidos e até mesmo policiais. Retirou a arma junto com o silenciador de seu coldre e equipou-os enquanto andava até a entrada, destravando o revólver antes de entrar.

De acordo com a mensagem, os alarmes já haviam sido desligados, assim como as câmeras de segurança, e as portas, abertas. Em segundos, já inspirava o ar de orgulho, riqueza e egoísmo da casa. Não demorou para que a primeira bala de seu revólver fosse disparada contra o primeiro segurança que vira.

Suas botas de couro faziam um pequeno barulho por onde passava e consequentemente chamava atenção. E era isso o que ela pretendia. É melhor que eles venham até ela do que ela os encontrar de surpresa.

Ao pé da escada, viu outro segurança pronto para atirar, mas somente olhando-o nos olhos, percebeu o medo e o susto em que se encontrava. A morena balançou a cabeça negativamente, rindo, se recusando a cessar seus passou por culpa de um inexperiente e tendo seu maior nível de confiança em si. O gatilho fora apertado, mas o tiro passou longe dela, que gargalhou alto, o som foi abafado por conta da máscara. Ergueu seu braço direito e atirou, acertando-o sem delongas por conta da distância ter diminuído consideravelmente.

Perguntou-se o porquê do homem não ter atirado novamente, e assim que chegou próximo ao corpo caído ao pé da escada, observou com cautela a arma segurada por seus dedos: Era uma pistola.

- Só podia ser. – exclamou baixinho, rindo cordialmente.

Olhou o relógio no pulso esquerdo e se deu conta de que o tempo estava acabando. Subiu as escadas em passos largos, dando de cara infelizmente – ou felizmente – com mais um dos caras de terno e gravata. E quando o rapaz mencionou posicionar a arama contra ela, a mesma o segurou por esse mesmo braço, girando-o até ouvir seu gritou alto, indicando que havia deslocado. Ele inclinou-se com dor, deixando a pistola cair no chão. A morena  aproveitou-se para erguer a cabeça pelo cabelo, obrigando-o a encará-la.

E foi aí que mais uma bala fora disparada, diretamente em seu olho esquerdo.

Voltou a se concentrar no trabalho, não demorando em dar de cara com sua opção de porta escolhida. Girou a maçaneta e se decepcionou ao ver que era um quarto vazio.

Optou pela segunda, e novamente, vazio.  Reparou o longo corredor, cada porta era claramente igual, mas então, uma delas chamou atenção: a última.

Era perceptível o clarão do fogo pela fresta pequena embaixo da porta.

Aproximou-se rapidamente e girou a maçaneta com cuidado. Pôde ver que alguém ocupava a cama. Empurrou mais a madeira e observou o quarto vazio, a não ser pela pessoa embaixo do edredom.  Adentrou o quarto vagarosamente. Um riso frio brincava em seus lábios, comemora internamente pelo futuro sucesso em sua trigésima missão.

O homem, aparentemente na casa dos quarenta anos, dormia tranquilamente em sua cama quente e luxuosa. Se fosse outra pessoa no lugar dela, uma que fosse inexperiente com esse tipo de coisa, já teria dado a volta e desistido desse ramo. Ou então, sentira pena. Ou então, se arrependeria pelo resto da vida por ter matado alguém. Ou então, teria agonia e sentiria a enorme culpa até internar-se ou até mesmo se suicidar.

Mas ela não, ela era um mulher diferente das outras. Possuía um trabalho diferente das outras, mas que igualmente sobrevivia com o dinheiro daquilo. Já não sentia culpa, nem remorso, nem agonia e nem pena. Apenas precisava saber o porquê de matar alguém e o dinheiro que receberia em troca. Era seu trabalho, ela apenas fazia conforme o mandado.

Posicionou o cano quente do revólver contra a testa do homem, e o mesmo se mexeu até abrir os olhos finalmente.  O susto foi insuperável, os olhos negros eram indecifráveis, o coração parecia que pularia pela sua garganta a fora.  Aquele medo nos olhos das vítimas era o que mais a motivava a terminar o trabalho logo.

- Te vejo no inferno. – a morena soou dura e fria num instante. E no outro, a bala fora cravada no cérebro do homem.

O celular vibrou no bolso pela segunda vez naquela madrugada. A mulher travou a arma antes de guardá-la no coldre e puxar o aparelho do bolso, saindo da cena de crime em seguida com longos passos.

- Morto. – foi a primeira coisa que comunicou.

- Ótimo. – a voz máscula do outro lado da linha elogiou – Já têm outro serviço para amanhã. Vinte e cinco mil libras pela garota, topa ?!  

- Qual o nome dela ?

- Samanta Carter, ela vai estar amanhã numa festa de aniversário de um dos amigos do curso de astronomia.

- Curso de astronomia ? – foi instantâneo lembrar-se do sonho adolescente.

- Pois é, o cara já está no último ano do curso.  – a inveja de poder viver uma vida normal e cursar o que tanto sonhava, era grande.

- O que ela fez ? – finalmente chegou à porta de entrada, sendo rápida em sair do local.

- Parece que matou duas filhas de um cara há uns meses atrás. Ele só a achou agora.

- Fico com o trabalho. – exclamou, decidida. A adrenalina ainda corria por suas veias, e ela ansiava por mais. – Peça para Kim religar os alarmes e as câmeras da casa da vítima e trancar as portas novamente. – pediu, subindo em sua moto mais uma vez. – Já estou indo para o galpão.

- Certo, te vejo daqui a pouco, Angel.


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Trailer da fic : https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=FnQcF8kyRL4
Fanfic : http://daretdream.blogspot.com.br/p/fanfic-sweet-killer.html

Um comentário:

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